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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Brasil de Todos os Deuses



Caro Coroinha,

Este pequeno fragmento é para Parabenizar o trabalho da escola de samba Imperatriz Leopoldinense que tratara de um tema tão ousado, polêmico e que não poderia ser deixado de fora em nossos debates corriqueiros.
Quando Falamos de nosso povo jovem, falamos também em sua crença e a forma como esta se manifesta. A escola que falara do primeiro deus brasileiro (Tupã), e que chegou até Iavé perpassando pelos orixás, provocou a nossa imaginação a indagar como fora formada a nossa fé.
Pois, formada de fraguimentos de ìndio, Negro e Branco, assim como a nossa cultura e o nosso biotipo. O enredo é um convite a aceitação e a democratização do interesse coletivo. é um chamado ao acolhimento do outro em todas as suas diferenças. E mais, é a evidencia de que Deus se faz presente em nosso caminhar independente da forma como cremos,e sobretudo, é a certeza de que na diferença ele nos fez herdeiros da construção de um mesmo Reino, que começou com a chegada de Seu Filho, e que muitos de nós ainda não procurou construir, e o primeiro passo é o respeito às diferenças...



Brasil de Todos os Deuses (Samba Enredo 2010)
Imperatriz Leopoldinense (RJ)
Composição: Jeferson Lima, Flavinho, Gil Branco, Me Leva e Guga


Terra abençoada!
Morada divinal
Brilha a coroa sagrada
Reina Tupã, no carnaval...
Viu nascer a devoção em cada amanhecer
Viu brilhar a imensidão de cada olhar
Num país da cor da miscigenação
De tanto Deus, tanta religião
Pro povo, feliz, cultuar

O índio dançou, em adoração
O branco rezou na cruz do cristão
O negro louvou os seus orixás
A luz de Deus é a chama da paz

E sob as bênçãos do céu
E o véu do luar
Navegaram imigrantes
De tão distante, pra semear
Traços de tradições, laços das religiões
Oh, deus pai! Iluminai o novo dia
Guiai ao divino destino
Seus peregrinos em harmonia
A fé enche a vida de esperança
Na infinita aliança
Traz confiança ao caminhar
E a gente romeira, valente e festeira
Segue a acreditar...

A imperatriz é um mar de fiéis
No altar do samba, em oração
É o Brasil de todos os deuses!
De paz, amor e união...

Amor que é Amor nunca Morre...


Em virtude das espectativas de nossos coroinhas, nós do Grupo Paroquial de Coroinhas da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Varzedo, Diocese de Amargosa, resolvemos criar este, para que seja um instrumento de evangelização e de conhecimento a certa de tudo mais que diz respeito à fé.

A exemplo de Jesus de Nazaré, propagamos o Amor e a Solidariedade entre os Homens, e para tal, usaremos de todos os recursos provenientes de seus ensinamentos, e que estejam adequados à realidade em que vivemos...


Amor Nunca Morre
Padre Zezinho

Amor que é amor nunca morre
Me disse um amigo
Pra sempre eu guardei a lembrança
Do que ele falou
E vendo os problemas do mundo
Eu pensava comigo
É gente que errou na procura
E se decepcionou

E sempre que eu me interrogava
Era a mesma resposta
Amor que é amor nunca morre
Eu tornava a dizer
E em noites sem nuvens
Me vi contemplando as estrelas
E ao vê-las brilhar novamente
É que eu pude entender

Amor que é amor nunca morre
Mas pode este de fato se dar
Que as nuvens escuras do tempo
Por tempo sem fim,não o deixem brilhar

Amor que é amor nunca morre
Este amigo repete
Concordo e não vou contestar
Que não tenha razão
Mas penso também que esse amor
Que hoje ganha as manchetes
É mais egoísmo que amor
É loucura, é paixão

E sempre eu vejo
Ao redor essa facilidade
De gente que pede outra chance
Outro amor,outro lar
Eu penso nas flores mirradas
Daqueles canteiros
Que algum jardineiro esqueceu
Ou não quis cultivar

Amor que é amor nunca morre
Mas pode também suceder
Que assim como certas roseiras
Que não se cultiva não chegue a crescer

Amor que é amor nunca morre
Mas pode também suceder
Que a falta de quem o cultive
Ele viva pequeno e não chegue a crescer